terça-feira, 12 de maio de 2020

Na lata.

Sinto muito se minha sinceridade assusta, se as pessoas preferem essa hipocrisia de só falar o que for conveniente. Esse é meu verbo, sentir. Há quem ache besteira, há quem não saiba nem conjugá-lo. Um desperdício, desses eu sinto pena.
M F

terça-feira, 24 de maio de 2016

.

“Meu coração é o mendigo mais faminto da rua mais miserável.” 
(Caio Fernando de Abreu)

segunda-feira, 4 de abril de 2016

sexta-feira, 1 de abril de 2016

NÃO PRECISA DIZER "Eu te amo"

"Bom dia"
"Toma cuidado"
"Me manda mensagem quando chegar  pra eu saber que esta segura"
"Como esta?"
"Espero que esteja se sentindo melhor"
 "Tenha um bom dia hoje"
"Estou com saudades"
"Boa noite"
"Posso ir pra sua casa?"
"Posso te ver"
"Posso te ligar"
"Você é linda"
"Quer beber algo?"
"Vamos ver um filme"
"O que está fazendo"
"Como vai seu dia até agora?"
"Vai ficar tudo bem"
"Estou aqui com você"
"Estou aqui POR você"
"Você precisa de algo?"
"Está com fome?"
"Só queria ouvir sua voz"
"Você fez meu dia!"

sexta-feira, 17 de julho de 2015

O amor não pede curtidas (entendaoshomens.com.br)

De que vale um status de relacionamento com cem curtidas, se os beijos não duram sequer um minuto? De que servem dezenas de declarações públicas quando o que realmente importa é resolvido em modo privado? Qual o sentido em ostentar fotos de casal quando, ao menor sinal de estremecimento, elas são simplesmente deletadas?
A internet, como facilitadora que é, se apresenta como um verdadeiro alento para pessoas que se querem bem e que se encontram fisicamente distantes, porém, ela jamais pode ser um pretexto para a falta de abraços na vida de quem tem essa possibilidade. Quando o assunto é toque, o touchscreen leva desvantagem. Amor pede olho no olho; chamadas de vídeo e mensagens de texto tendem a favorecer os covardes, pois, sempre haverá a desculpa de uma conexão ruim.
Paixão pede platéia, amor pede cumplicidade.
Quando estamos apaixonados, desejamos que o mundo assista de camarote a nossa felicidade, mas, quando tornamos públicos os nossos romances, tornamos públicas também as expectativas em torno deles. Aí mora o meu questionamento: em tempos de exposição total, quão interessante pode ser um amor confidencial, longe dos holofotes, do mal olhado e da dor de cotovelo de quem é – infelizmente – mal amado?
Admito que sou um entusiasta das relações virtuais. Conheci – e continuo conhecendo – pessoas fantásticas através das redes sociais, pessoas que tornam-se, muitas vezes, inesquecíveis. Já expus alguns dos meus relacionamentos também e, quem sou eu para dizer que não o farei novamente, um dia. Este texto não é nem de longe uma condenação, mas uma pequena reflexão acerca dos desgastes que a uma exposição desse porte pode acarretar a uma relação amorosa, entretanto, somente o casal em questão é capaz de tomar essa decisão.
Espero que os romances sejam lindos e duradouros, com ou sem um status de relacionamento nas redes sociais.

(Felipe Rocha)

terça-feira, 23 de junho de 2015

Caro desconhecido e atual namorado da minha ex...


 Sei que a fila andou e que, agora, é a sua vez. Por isso, lutando contra o ciúme que, até ontem, parecia invencível, desistindo do tiro que, num momento de embriaguez, pensei em lhe dar, e propondo, como nunca achei que seria capaz, a mais improvável parceria, escrevo para lhe contar os segredos que só quem a observou atentamente, por mais de três anos, conseguiu aprender. Escrevo, com inevitável dor no coração, para impedir que você seja a causa da incontinência de lágrimas dela, como eu um dia fui.
Apesar de não vê-la há mais de um ano, continuo desejando que ela ria até perder o fôlego e, por isso, quando ela ameaçar murchar, peço que recorra às cócegas na barriga dela. Verá que é quase infalível. Mas, se nem assim conseguir motivá-la a mostrar os dentes, irmão, para afastá-la de qualquer possível tristeza, não tenha vergonha de colocar a música do clube das mulheres e de fazer o striptease mais enérgico da sua vida ao som dessa pérola musical. Isso mesmo! Não seja fresco, cinza  ou demasiadamente contido. Rasgue sua camisa nova se for preciso. Faça o Adam Sandler perder a graça. Rebole feito uma lombriga sob efeito de ecstasy e, em hipótese alguma, pare quando o suor começar a escorrer da sua testa. Se você a ama de verdade, quando a fizer se contorcer de tanto rir, meu caro, verá que valeu a pena seguir o meu conselho e perder algumas muitas calorias por ela. E não me diga que é incapaz de agir assim, pois, se assim fizer, direi que não é homem pra ela.
Sabe cozinhar? Tem coragem para meter a mão na massa? Ou é daqueles que tentará impressioná-la pagando as contas astronômicas dos restaurantes mais chiques e fingindo que entende tudo de vinhos? Esqueça isso! Ela não está nem aí para as notas amadeiradas daquele Malbec português e pensará em outra coisa caso comece a falar da importância da safra de 2001. E, se quer saber, prefere batata frita com queijo derretido e cebolas. Quer mesmo encantá-la? Quando ela chegar do trabalho morrendo de fome, ou seja, qualquer dia desses, surpreenda-a esperando com um prato na mão e um sorriso no rosto. Não precisa ser um Confit de Pato ou um Blanquett de Veau. Nada disso! Nada a deixa tão feliz como bolinho de arroz. Não sabe fazer? Já sei. Faça um macarrão com molho quatro queijos, ou melhor, use dez queijos, pois ela é viciada em queijos. Só não exagere no gorgonzola, tá? Ela acha forte demais e, apesar de nunca ter me dito, sei que tem um leve nojo dos pedacinhos verdes. Ainda acha muito difícil? Faça um misto-quente. Só não se esqueça de escolher o pão francês mais claro e de colocar o dobro de queijo, certo? E, para beber, Coca-Cola com bastante gelo. Simples assim e ela o amará, mesmo que a comida não esteja perfeita.
Outra coisa, ela adora viajar. Que tal colocar o carro na estrada no próximo final de semana? Mas se leva-la para o meio do mato, leve uns 2 vidros de repelente, pois ela morre de medo de insetos. O coração dela dispara até com a presença de mariposas. Até pensei em dizer para levá-la para Santiago, no Chile, porque ela ama aquela cidade. Porém, se forem pra lá, sei que ela se lembrará de mim e que verá meu fantasma em cada esquina. Por isso, sugiro um novo destino e um lugar no qual os bares nunca fecham, pois, apesar de não beber tanto, ela ama sentar em alguma mesa da calçada e lá ficar até o garçom avisar que a cozinha já fechou.
Se ela não se sentir bem e perder o ar, ela não lhe avisará, por isso, mantenha o olhar atento. Na maioria das vezes, para afastar o pânico que, vez ou outra, invade-a, basta ligar o ventilador na velocidade seis, deitar bem colado nela e deixar sua mão pousar sobre o coração dela. Para acalmá-la, tente distraí-la. Conte alguma história maluca da sua infância ou, mesmo que não queira ter um cachorro, incentive-a a escolher um nome para um filhote imaginário. Logo ela voltará a respirar e, como se nada tivesse acontecido, ela retribuirá fazendo a melhor respiração boca a boca que um homem pode receber.
Quando comecei a escrever estes conselhos, jurei, a mim mesmo, que não lhe entregaria o ouro todo e que não contaria as coisas que a fazem gozar. Porém, se com você ela não for capaz de estremecer, nada do que eu disse nos parágrafos anteriores fará sentido, porque ela se sentirá incompleta ao seu lado. Por isso, meu caro, preste muita atenção no que lhe direi agora: para fazê-la gozar de verdade, antes mesmo de despi-la, precisará remover dela os pudores. Para isso, nada é tão eficiente como safadezas ditas ao pé do ouvido. Diga, sem medo de parecer o tarado que provavelmente é, o quanto está louco para cravar seus dedos na cintura dela e para vê-la gemer até enrouquecer. Fale, sem medo de assustá-la com sua fome, o quanto está disposto a segurá-la pelos cabelos e só soltar quando ela, finalmente, perder o controle do próprio corpo. Depois disso, tudo ficará muito mais fácil, pois, com toda certeza, ela estará deliciosamente molhada e completamente entregue aos seus mais nobres objetivos. Não pare por aí. Na hora H, não aja feito um príncipe meloso da Disney. Deixe o romantismo para depois. Seja bicho. Dê-lhe tapas, mas dose bem a força, pois, se machucá-la, serei obrigado a deixar as boas intenções de lado e a amputar suas pernas com uma lâmina de barbear. Chupe-a com fome e sem nojinhos. Não a coma feito uma britadeira, por favor. Mas, sempre que puder, coma-a para que ela não sinta minha falta. Só pare quando ela gozar e se, por ventura, não aguentar a beleza da bunda dela e gozar antes da hora, continue com as armas que tem. Não esqueça que tem dedos, língua e palavras. Pode ser?
Por fim, para terminar o mais doloroso texto que já escrevi, peço que não a faça de boba, que não cause nenhum mal a ela e que seja homem caso pense em desistir dela. Pois, se eu descobrir que pisou na bola, ou melhor, nela, caro (por enquanto) amigo, não serei mais o ex-namorado da sua atual e sim, sem nenhum arrependimento, o responsável pela sua demorada e dolorosa morte.

R.Coiro

#ela #comoelaé

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

in love..

Não sou do tipo de mulher que cava namoro. Pelo tempo e ângulo que me conhece, já deveria saber que eu tô muito mais inclinada ao grupo que, não só não procura: foge, recua, evita até não dar mais. Odeio não ter o controle. Estar apaixonada é o quase o meu inferno astral. Fico aqui me chateando sozinha, com as coisas que eu concluo com exatidão e sem te consultar também. Ficar morrendo de saudade e te querendo por perto, em todos os lugares que eu vou, uma dependência que é uma violência minha contra mim mesma. Mas ok, uma pressão interna absurda que eu tava conseguindo segurar por nós, até sentir que você não tava conseguindo segurar alguma coisa por aí... e isso me fez perder um pouco as forças também. Eu não sei dos seus apegos e desapegos, mas quanto a liberdade, ou você é tão livre quanto eu ou é menos. Mais é impossível! Só queria que você soubesse disso. Pressão por pressão, nenhuma é maior do que a minha crise particular, meu medo de me envolver. Pressão por aí, não sei qual é a que te assusta, mas tenho certeza que não partiu de mim. Quando eu não sei o que devo dar, eu dou espaço, cada um usa como lhe convém. Vou embrulhar o seu pra presente! Espero que seja seu número, se não gostar, dá pra alguém.
Antes, eu chorava pelos finais. Hoje em dia eu choro pelos começos e é a lágrima mais pesada que existe. Nada me assusta mais do que me sentir ficando cada dia mais vulnerável e presa a alguém. E ter medo do amor é a coisa mais triste do mundo. Não combina com o perfil descobridora dos sete mares, que eu tento construir - a sangue e suor - todos os dias da minha vida. Entre meus amigos, minha religião, minha família e até desconhecidos, o conselho é unânime: preciso fechar um olho, ando com os dois abertos demais e, consequentemente, não me permito. Meus ex reforçam meu lado mandona, meu tempo que não espera o tempo de ninguém e que a vida não é assim. Todos certos, sou obrigada a admitir. Foi aí que eu me dei conta que, muito mais que contraditório, isso tava virando um bloqueio doentio e eu decidi que não posso perder saúde. Chegar a essa decisão não foi tão complicado. Difícil mesmo foi decidir não perder você. Digo, a oportunidade de permitir a gente acontecer. Porque a angústia no meu peito é o sinal mais gritante que eu tô sim apaixonada. O ciúme idiota, os outros caras terem ficado, do nada, meio sem graças. E a minha vontade impulsiva de sair correndo, pra anular qualquer risco de dor. Mas não vou. Vou chegar mais perto e surpreender esse pavor, que não pode ser maior do que eu. Que não pode me controlar.

MF